domingo, 13 de junho de 2010

O voar

O homem sempre se imaginou ao céu.
Pleno, desafiando a gravidade.
Dono do tempo e de seu destino,
Como uma águia num vôo imponente.
Destemido, em manobras rasantes e ágeis,
Preciso, em suas atitudes,
Resistente a condições extremas.
Leve como um sonho.
Porém livre!

Aprisionado ao chão,
O homem construiu torres, castelos, catedrais,
Na tentativa de se aproximar da liberdade,
Com o intuito de conquistar os cosmos,
E alçar vôo sobre todos os outros seres.
Algo que jamais aconteceria.
Supostamente.
Até descobrir outras formas de voar.

Assim o tempo foi capturado,
No momento exato da precisão.
Foram definidas nações,
Reafirmadas doutrinas,
Aprimoradas as técnicas,
E formulado o vôo.
Limitado, pelo próprio tempo.
Mas eterno enquanto no espaço.

Ritmos foram instituídos,
Melodias inebriantes criadas,
Sons que afagam a alma,
Mas nada que substituísse,
O silencio do céu.
O sonho do homem voar.

Toda era teve sua grande conquista.
Por meio de guerras ou descobertas,
Nas ciências, artes ou técnicas,
Durante toda a história,
O homem evoluiu o seu tempo,
Seu pensamento; e o voô artificial.
E como um ser aprimorado,
Compreendeu a sua essência.
Percebendo que,
O real valor de cada conquista,
Está no tempo em que ela é consebida.

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